Como contribuir para o INSS

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Se você trabalha por conta própria, provavelmente já se perguntou: como contribuir para o INSS da maneira certa?

Ao longo dos anos, as regras mudam, e quem deseja garantir uma boa aposentadoria (ou até mesmo benefícios como o auxílio-doença) precisa ficar atento.

Mas aí vem a dúvida: qual código escolher? Qual a diferença entre as alíquotas de 20% e 11%? Vale mais a pena pagar mensalmente ou trimestralmente?

Muita gente se enrola nessa escolha e acaba pagando errado, comprometendo seu futuro ou até gastando mais do que deveria.

Mas, calma! Neste artigo, você vai entender de uma vez por todas como funcionam os principais códigos de contribuição (1007, 1163 e 1473) e qual a melhor opção para você.

Se você é um contribuinte individual — ou, como chamamos no dia a dia, um autônomo —, fique por aqui até o final e esclareça suas dúvidas.

 

O que você encontra neste artigo

 

Quem deve contribuir para o INSS?

Deve contribuir para o INSS qualquer pessoa que não possui vínculo empregatício formal, mas ainda assim, exerce uma profissão. A lista pode incluir:

 

  • Motoristas de aplicativo;
  • Manicure e pedicure;
  • Eletricistas;
  • Encanadores;
  • Pintores;
  • Contadores;
  • Pequenos e grandes empresários;
  • Consultores;
  • Fotógrafos;
  • Redatores;
  • Pedreiros;
  • Trabalhadores da construção cívil autônomos;
  • Soldadores;
  • Jardineiros;
  • Músicos;
  • Blogueiros e influenciadores;
  • Youtubers e streamers.

 

Se você se enquadra em algum desses grupos, ou simplesmente trabalha como autônomo, precisa escolher um código de contribuição para pagar o INSS.

 

Aposentadoria exige contribuição?

Na maioria das vezes, a contribuição é obrigatória, e quando é feita de maneira autônoma, faz parte da categoria de “contribuinte individual”.

Além disso, pagar o INSS regularmente garante que você tenha acesso a todos os benefícios do INSS.

 

Conheça as opções de códigos de contribuição individual:

Agora que você já sabe quem deve contribuir com a finalidade de aposentar, vamos detalhar os três principais códigos usados no pagamento do INSS nesses casos: 1007, 1163 e 1473.

 

Código 1007: plano normal mensal (20%)

O código 1007 é destinado ao contribuinte individual que opta pelo plano normal de contribuição, com uma alíquota de 20%.

Essa é a melhor opção para quem deseja garantir todos os direitos previdenciários, incluindo aposentadoria por idade e por tempo de contribuição.

 

Como funciona?

Na prática, sabemos que o autônomo acaba escolhendo sobre qual valor quer pagar, pois o INSS não atenta-se a isso.

Porém, com o código 1007, o correto é que o trabalhador recolha 20% sobre a renda auferida no mês com seu trabalho, um valor entre o salário-mínimo vigente (R$ 1518,00 em 2025) e o teto do INSS (R$ 8.147,41).

Por exemplo, se você recebeu R$ 3.000,00 no mês, deverá recolher os 20% sobre esse valor.

Se recebeu um valor abaixo do salário mínimo (por exemplo, R$ 1.000,00), deverá recolher os 20% sobre o salário mínimo para que aquele mês seja contabilizado.

Já se recebeu um valor acima do teto do INSS, deverá limitar sua contribuição ao teto, pois o valor excedente não entra no cálculo da aposentadoria e você não deve pagar.

 

Confira o exemplo a seguir:

Salário-mínimo (R$ 1518,00): 20% x 1.1518 = R$ 303,60/mês.

Teto do INSS (R$ 8.157,41): 20% x 7.507 = R$ 1631,58/mês.

Essa opção é recomendada para quem deseja uma aposentadoria maior, pois o resultado do cálculo será baseado na média das contribuições realizadas.

 

Benefícios:

  • Garante acesso a todos os benefícios previdenciários;
  • Permite uma aposentadoria de maior valor.

Desvantagens:

  • Exige um pagamento maior, o que pode pesar no orçamento de quem não tem um trabalho formal.

 

Código 1163: plano simplificado mensal (11%)

código 1163 é ideal para quem busca uma alternativa mais acessível. Nesse caso, a alíquota é de 11% e o cálculo é feito com base no salário-mínimo.

Mesmo que você receba um valor mensal acima do teto do INSS, pode optar por recolher pelo plano simplificado sobre o valor de um salário-mínimo.

 

Como funciona?

A contribuição no plano simplificado utiliza como base sempre o salário-mínimo vigente. Ou seja, em 2025:

11% x R$ 1518 = R$ 166,98/mês.

 

Benefícios:

  • É mais acessível do que o plano normal (20%);
  • Garante benefícios como auxílio-doença, salário-maternidade e pensão por morte para dependentes;
  • Garante a aposentadoria por idade.

Desvantagens:

  • Não dá direito à aposentadoria por tempo de contribuição;
  • Em um longo prazo, irá reduzir o valor da aposentadoria, pois o pagamento é sobre o salário-mínimo;
  • Esse código é indicado para quem busca apenas garantir uma aposentadoria por idade e se manter protegido em caso de necessidade de outros benefícios previdenciários.

 

Código 1473: plano normal trimestral (20%)

código 1473 é semelhante ao código 1007, mas com uma diferença que precisa da sua atenção: o pagamento é feito trimestralmente.

 

Como funciona?

Em vez de pagar mensalmente, o contribuinte soma o valor de três meses e realiza um único pagamento a cada trimestre. Por exemplo:

Salário-mínimo: R$ 303,60/mês x 3 meses = R$ 910,80/trimestre.

Teto do INSS: R$ 1.631,58/mês x 3 meses = R$ 4.894,74/trimestre.

 

Benefícios:

  • Permite organizar os pagamentos em intervalos maiores;
  • Garante todos os direitos previdenciários.

Desvantagens:

  • Pode ser mais difícil administrar o pagamento de valores altos a cada trimestre.

 

Como escolher o melhor código para contribuição?

Escolher o código certo de contribuição para o INSS é o primeiro passo para garantir que você estará pagando o valor correto e, mais importante, garantindo todos os seus direitos previdenciários.

No entanto, com tantas variações, pode ser difícil saber qual código é o mais adequado para o seu perfil.

Vamos analisar os principais fatores que você deve considerar ao tomar essa decisão:

 

Alíquota: 11% ou 20%?

Uma das principais decisões que você terá que tomar é sobre a alíquota que vai aplicar sobre seu salário de contribuição.

Se você escolher pagar 20%, terá acesso a uma contribuição maior e, portanto, a uma aposentadoria mais vantajosa no futuro. Porém, o valor a ser pago será maior.

Se, por outro lado, optar pela alíquota de 11%, terá uma contribuição menor, e consequentemente, uma aposentadoria menor. A escolha vai depender do quanto você pode investir mensalmente ou trimestralmente e dos benefícios que você deseja garantir.

 

Pagamento mensal ou trimestral?

Outro ponto importante é a periodicidade de pagamento.

O código 1007, com alíquota de 20%, exige o pagamento mensal. Já o código 1473 permite o pagamento trimestral.

Se você preferir pagar menos frequentemente, a opção trimestral pode ser mais interessante.

No entanto, lembre-se de que isso também pode afetar o valor do benefício, já que os pagamentos mensais são mais constantes, garantindo um cálculo mais preciso e frequente de suas contribuições.

 

Qual tipo de aposentadoria você vai escolher?

Um fator decisivo na escolha do código de contribuição é o tipo de aposentadoria que você vai escolher.

Se você optar pelo código 1007 (com alíquota de 20%), poderá garantir todos os seus direitos previdenciários, incluindo a aposentadoria por tempo de contribuição.

Caso escolha o código 1163, voltado para o pagamento de 11%, você terá direito apenas à aposentadoria por idade, sem a possibilidade de aposentar antes de alcançar a idade mínima exigida.

 

Planejamento previdenciário

Se você ainda estiver com dúvidas sobre qual código escolher, pode ser uma boa ideia buscar a orientação de um advogado previdenciário.

Esse profissional vai analisar todo o seu histórico de contribuição, e com base nisso, ajudar você a conseguir a melhor aposentadoria, de acordo com o seu caso.

 

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Quem tem MEI precisa pagar INSS?

O MEI paga uma contribuição diferente ao INSS. Em vez de seguir as alíquotas tradicionais de 20% (para contribuintes individuais), ele paga apenas 5% do salário-mínimo vigente.

Esse valor é suficiente para garantir acesso aos benefícios previdenciários básicos, como aposentadoria por idade, auxílio-doença e salário-maternidade.

A contribuição é feita de forma fixa e mensal, por meio de uma guia de pagamento chamada DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional).

A única aposentadoria disponível para o MEI é a aposentadoria por idade. A partir dos 62 anos (mulheres) ou 65 anos (homens), nas regras atuais, o MEI pode solicitar a aposentadoria, desde que tenha contribuído para o INSS por um período mínimo de 15 anos.

Ao contrário do que muitos pensam, a aposentadoria do MEI não precisa ser sempre no valor de um salário mínimo, desde que você tenha períodos contribuídos com valores maiores, pois esses valores também serão utilizados para fazer o seu cálculo.

 

Conclusão

Neste artigo, você entendeu como funcionam os principais códigos de contribuição para o INSS: 1007, 1163 e 1473.

Se você busca garantir uma aposentadoria mais vantajosa, o código 1007 ou 1473 pode ser mais indicado, no entanto, o código 163 oferece uma alternativa viável para quem deseja economizar agora.

No entanto, para definir a melhor alternativa para o seu caso, procure um advogado previdenciário da sua confiança!

Até o próximo artigo.

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